Título da obra: Neosymbiota Lucens – Unidade autônoma de despoluição. Tentativa 1: campo de Guaré, 2025
Instalação
Materiais: Eucalipto, cerâmica, placa solar, bateria, bomba de água, sensor de nível, sensor de luz, arduino, servo motor, mangueira, pulverizador, pressostato, vela de filtro, fio de cobre, rede de pesca, samburá.
Materiais filtrantes: Argila expandida, mídia cerâmica, zeólita, carvão ativado.
Dimensões: 500 × 500 × 300 cm
Um organismo criado com materiais naturais, como argila e carvão ativado, além de redes de pesca, capta a água da chuva, filtrando e devolvendo-a limpa ao meio ambiente. Esse sistema tão acessível quanto sofisticado faz parte de Neosymbiota Lucens – Unidade autônoma de despoluição Tentativa 1: campo de Guaré, instalação criada por Lícida Vidal (1984, São Paulo). A obra destaca a interseção entre arte e tecnologia e a importância da sustentabilidade e do uso consciente dos recursos naturais.
A pesquisa da artista faz uma profunda investigação sobre a relação conflituosa entre humano e natureza, as colonizações das paisagens e a vulnerabilização de corpos e territórios. Entre suas matérias-primas essenciais estão a argila e a água, que, de acordo com a artista, trazem uma carga simbólica para o debate sobre interdependência, escala, territórios, diversidade e coexistência no processo de colapso da era do combustível fóssil.