Artista
Leandra
Espírito Santo
Leandra Espírito Santo é artista visual, doutora e mestra em Artes Visuais pela ECA-USP. Trabalha com diferentes mídias, criando dispositivos e experimentos visuais que tensionam as fronteiras entre o físico e o digital, o mecânico e o orgânico, propondo reflexões sobre a percepção, a comunicação e a performatividade do corpo na era tecnológica.
Participou de exposições e prêmios no Brasil, e em países como França, Inglaterra, EUA, México e Portugal. Suas coletivas e solos recentes se realizaram em instituições como: CCBB (SP-2025), MAC Niterói (RJ-2023), 13ª Bienal do Mercosul (POA-2022), Prêmio Marcantonio Vilaça (2016). Entre seus principais prêmios e residências, estão: Prêmio Histórico em Artes Visuais- PROAC-SP (2020), Residência Pivô (SP-2019), indicação ao Prêmio Pipa-MAM RJ (2016), Prêmio 42º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto (Santo André – SP), Prêmio Secult Niterói (RJ – 2014).
A artista trabalhou também com importantes diretores de teatro como Felipe Hirsch (2023) e Janaína Fontes Leite (2023 e 2024), tendo atuado ainda como curadora, integrando a Comissão do Pq. de Esculturas do Espírito Santo (2021 e 2023). Sua obra incorpora os acervos do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e do Museu de Arte do Rio.
Título da obra: Ultra movements, 2025
Instalação mecânica automatizada
Materiais: Peças escultóricas moldadas diretamente do corpo e reproduzidas em fibra de vidro e resina, motores, eletrônicos, estruturas em ferro, metalon e alumínio.
Dimensões: Máquina Braços: 295 × 185 × 80 cm /
Máquina Cabeça: 75 × 30 × 327 cm
Horário de funcionamento: 10h às 14h e 15h às 18h
A investigação de Leandra Espírito Santo (1983, São Paulo) atravessa os efeitos dos processos industriais na formação da cultura. Seu trabalho foca no impacto das novas tecnologias sobre o ser humano, utilizando seu próprio corpo e os de outros indivíduos como modelos. Dessa forma, a artista reforça uma crítica à experiência fragmentada da corporeidade nos ambientes virtuais.
A instalação inédita Ultra movements endossa esse pensamento, intensificando a reflexão sobre como a tecnologia impacta nosso cotidiano e o vínculo com o corpo, tornando-se não apenas intermediária, mas protagonista da vida social.
Na obra site-specific, duas máquinas movimentam fragmentos de corpos diferentes. Os contrastes entre as direções e intensidades de seus movimentos apresentam a instalação como um reflexo das dinâmicas contemporâneas: de um lado, a hiperatividade, o excesso, a velocidade; de outro, a tentativa de controle dessa excitação — um apelo à leveza, à desaceleração, à meditação.
