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Uma construção comum em um período incomum
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O Parque Ibirapuera

27 de novembro de 2020

Que lugar é esse?

Nesta primeira postagem trataremos de entender um pouco que lugar é esse onde estão instaladas as dez obras da 10ª Mostra 3M de Arte – Lugar Comum: travessias e coletividades na cidade. A partir de uma breve recomposição sobre a história do Parque, apresentaremos algumas imagens e cinco fatos importantes sobre a sua criação. Lembrando que todas as obras além de ocuparem este local foram desenvolvidas a partir da relação com ele.

1– O primeiro projeto

Apesar do Parque Ibirapuera ter sido inaugurado em 1954, como parte principal da comemoração dos 400 anos da cidade de São Paulo, é no ano de 1929, sob a gestão do prefeito Pires do Rio, que surgiu o primeiro “projeto do Parque Municipal à Várzea do Ibirapuera” (foto). O prefeito notava que a cidade era carente de espaços verdes, afirmando ter a intenção de implementar a “construção de um imenso jardim ou parque, com área igual à do “Hyde Park” de Londres, igual à metade do “Bois de Boulogne” de Paris.” Com autoria do arquiteto paisagista Reinaldo Dierberger, a proposta designada para a criação de um parque público, incluía áreas de gramados e jardins, caminhos, campos de esporte e ginástica, e ainda edifícios para concertos e restaurantes. 

“Projeto do Parque Municipal sito à Várzea do Ibirapuera” 1929. Autor: Reinaldo Dierberger. Fonte: Revista Architectura e Construcções, 1930 

2 – Antes do Parque Ibirapuera

Parte do terreno que hoje pertence ao Parque Ibirapuera, a várzea do Ibirapuera, havia pertencido a uma comunidade indígena antes e durante o período colonial. Por se tratar de uma área alagada, os índios denominavam o local Yby-ra-puêra que quer dizer “árvore apodrecida” em português. Com o avanço da colonização e expulsão dos índios, a área se tornou desabitada e no final do século 19 e início do 20, era utilizada para pastagem e em meados dos anos 1930, esforços começaram a ser feitos para a drenagem do local. Já no início dos anos 1950, parte do terreno, antes de seu loteamento, era ocupada por uma comunidade de trabalhadores pobres. A área que era situada entre as ruas Padre Manoel da Nóbrega e Abílio Soares abrigava 186 barracos e 204 famílias que foram removidas pela Prefeitura em 1952. 180 foram deslocados para terrenos próprios e 6 para a favela do Canindé, famosa por ser o local onde residiu a escritora Carolina Maria de Jesus.

3 – Niemeyer e o projeto oficial do Parque Ibirapuera, o grande conjunto arquitetônico

Foi em 1951, a partir de um convite de Ciccillo Matarazzo, então presidente da Comissão de comemoração dos 400 anos de São Paulo, que Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho seria convocado a comandar o projeto oficial do Parque do Ibirapuera, inaugurado para presentear a cidade pelos seu IV Centenário. A proposta de Niemeyer foi finalizada em janeiro de 1954, sete meses antes de sua inauguração em 21 agosto e se constituiria como um marco da arquitetura moderna brasileira e uma das mais marcantes criações deste renomado arquiteto. 

O projeto de Oscar Niemeyer para o Parque Ibirapuera descrevia um complexo conjunto arquitetônico integrado por áreas verdes. O grande destaque de sua criação é uma extensa sinuosa marquise de concreto armado que une cinco dos seis edifícios do construídos no espaço. 

  • O Palácio da Nações que foi sede da Prefeitura de São Paulo até 1992, recebeu o nome de Pavilhão Manoel de Nóbrega e desde 2004, sedia o Museu Afro Brasil;
  • O Palácio dos Estados, local onde ocorreu a 2ª edição da Bienal de São Paulo, já foi sede da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (PRODAM) e atualmente comporta o Pavilhão das Culturas Brasileiras;
  • O Palácio das Indústrias, nomeado Pavilhão Ciccillo Matarazzo, é popularmente conhecido como Pavilhão da Bienal. Tornou-se o edifício oficial do evento a partir da 4ª edição, realizada em 1957. Abriga o Arquivo Histórico Wanda Svevo, concebido em 1955 e a Fundação Bienal de São Paulo desde sua criação em 1962;
  • O Palácio da Exposição ou das Artes, conhecido com A Oca, é nomeado Pavilhão Lucas Nogueira Garcez e já foi sede do Museu da Aeronáutica e do Museu do Folclore;
  • O Palácio da Agricultura, o único que não é conectado pela marquise, foi até 2009 sede do Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo (DETRAM). Construído inicialmente para o prédio da Secretaria da Agricultura, abriga atualmente do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP);
  • O Auditório, projetado para ser construído em 1954, foi concretizado apenas em 2005. Embora o projeto de Niemeyer contasse também com o desenho de um restaurante, este nunca chegou a ser construído.
Imagem da maquete do projeto Oscar Niemeyer . Autoria/Concessão desconhecida. Não obtivemos sucesso da tentativa de localizar o detentor dos direitos autorais. Caso você conheça solicitamos gentilmente que nos comunique para que possamos creditá-lo devidamente  

4 – A inauguração do Parque Ibirapuera como parte dos festejos do Quarto Centenário da cidade de São Paulo

O Quarto Centenário foi um marco importante para a história da cidade de São Paulo, sendo celebrado ao longo do ano de 1954. A primeira grande festa da capital paulista aconteceu em 25 de janeiro, dia que São Paulo completava 400 anos de sua fundação. Nesta mesma data, como parte do pacote celebrativo, foi  inaugurada a Catedral Metropolitana de São Paulo, a Catedral da Sé. Outra comemoração importante ocorreu no 9 de julho, data da Revolução Constitucionalista de 1932, a festa que  perdurou ainda pelos dias 10 e 11 de julho, aconteceu em várias localidades da cidade como: a própria Catedral da Sé, o Pátio do Colégio, o vale do Anhangabaú e finalizado com uma queima de fogos no Alto da Lapa. Houve, por fim, uma grande celebração em 21 de agosto daquele ano, dia que marcaria a inauguração do Parque Ibirapuera, obra pública engenhada por Oscar Niemeyer e que integrava conjunto de construções impulsionadas  pelo o IV Centenário.

Público na inauguração do Parque Ibirapuera em 21/08/1954; autoria desconhecida, acervo da Casa Guilherme de Almeida

5 –  A inauguração do Parque Ibirapuera 

Embora o Parque Ibirapuera fosse considerado o empreendimento  mais importante do conjunto de obras produzidas para comemoração dos 400 anos da cidade de São Paulo, sua construção não foi concluída nem para o 25 de janeiro, data oficial do aniversário paulistano, nem para os festejos do 09 de julho. Sua inauguração aconteceu apenas no dia 21 de agosto de 1954,  foi acompanha de uma grande festa e uma Exposição sobre o próprio  IV Centenário disposta nos pavilhões recém montados. Fernanda Curi, pesquisadora do parque Ibirapuera, apresenta em sua tese a grandeza da programação a partir de uma descrição do mapa do festejo:

“O mapa geral do Parque Ibirapuera , que consta no impresso com a programação dos eventos do IV Centenário, revela a grande quantidade de pavilhões e serviços dispersos por sua área naquele momento. Além dos pavilhões permanentes e provisórios, ocupados por exposições industriais, comerciais e culturais e reunindo mais de 30 nações, o parque contava com 15 bares e oito restaurantes, sendo quatro churrascarias. As demais atrações incluíam um parque de diversões, um circo e até um rodeio. O Conjunto Esportivo Ibirapuera, em construção, já era uma das atrações mapeadas (ginásio e velódromo) além do pequeno lago a ele próximo, que foi posteriormente aterrado para a construção da Assembleia Legislativa. ” (CURI, 2018, p.66)

Mapa geral do Parque Ibirapuera – Exposição do IV Centenário e I Feira Internacional de São Paulo – Autoria/Concessão desconhecida. Não obtivemos sucesso da tentativa de localizar o detentor dos direitos autorais. Caso você conheça solicitamos gentilmente que nos comunique para que possamos creditá-lo devidamente  

**Créditos da imagem de capa dessa postagem – “Público na inauguração do Parque Ibirapuera em 21/08/1954; autoria desconhecida, acervo da Casa Guilherme de Almeida”

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