Ministério da Cultura e 3M apresentam:
5 a 30 de nov
realização:
Lei de Incentivo à Cultura Intituto Tomie Ohtake Elo 3

curadoria: Núcleo de Pesquisa e Curadoria Instituto Tomie Ohtake

coordenação: Paulo Miyada

Instituto Tomie Ohtake
patrocínio: 3M

De 05 a 30.11
terça a domingo das 11h às 20h

Instituto Tomie Ohtake

Av. Brigadeiro Faria Lima, 201
Entrada pela R. Coropés, 88
Pinheiros - São Paulo

Entrada Gratuita

FICHA TÉCNICA / IMPRINT

Curadoria / Curatorship: Paulo Miyada (Coordenação / Coordination), Carolina De Angelis / Julia Lima / Olivia Ardui / Priscyla Gomes.

Direção Geral / Direction: Soraya Galgane e Fernanda Del Guerra

Produção Executiva / Executive Producer: Débora Botelho Brandão

Assistente de Produção / Production Assistant: Diogo Assumpção

Atendimento / Attendance: Chimeni Maia

Assistente Financeiro / Financial Assistant: Regina Freitas

Identidade Visual / Visual Identity: Casa das Três Design Estratégico

Expografia / Expography: Estudio Risco

Cenotecnia: / Scenography Buriti Brasil Cenografia

Audiovisual: Images Projetores

Iluminação / Lighting: Marcos Franja

Website: Flavio Marques Azevedo e Luis Henrique Bizarro

Assessoria de Imprensa / Press: Pool de Comunicação

Mídias Sociais / Social Media: Priscilla Adduca


Artistas / Artistis: Claudio Bueno / Christine Sun Kim & Thomas Mader
Danilo Carvalho / Fabiana Faleiros / Fernando Cocchiarale / Fernando Faro
Lais Myrrha / Milton Marques / Natasha Mendonca / Paulo Bruscky
Pedro Moreira / R. Luke DuBois / Tatiana Blass

Se atentarmos para as letras de muitas de nossas músicas preferidas, encontraremos lamentos, bastante saudade e uma enorme variedade
de promessas de felicidade caso a parte desejada ceda ao clamor da letra
embalada pela melodia. Em comum, encontramos também a constante falta
de alguém que se foi ou não quer vir. Insistentemente, a vontade de se conectar,
estar junto.

E por que fazemos e compartilhamos essas transcriações do desejo por outrem em linguagem musical? Talvez sejam como mensagens na garrafa, lançadas
ao mar da cultura para serem escolhidas por outras pessoas quando estas precisarem conviver com suas próprias ânsias pela presença e pelo encontro. Afinal, não saberemos quando precisaremos de pequeno ou enorme acalento
ao encontrar palavras já cantadas com uma dor que parecia só nossa.

Se assim é, como a assimilação de novas tecnologias e redes digitais pode influenciar e remodelar a pulsão que nos leva a fazer e ouvir essas canções?
Ou seja, o que acontece com nossa necessidade de construir relações de afeto conforme se atualizam as possibilidades técnicas de comunicação
e de construção de identidade social? São essas perguntas, entre outras,
que a V Mostra 3M de Arte Digital – Canções de Amor pretende abordar.

Entendemos o amor em sua acepção ampla, ou seja, como projeção empática
em direção ao outro com quem se quer estar junto. Propomos, então, uma exposição que conta com projetos artísticos para refletir como diferentes modelos técnico-sociais transformaram e seguem transformando os canais por onde escoa essa empatia.

Sua primeira seção conta com dispositivos artísticos que visam compreender
quem é o visitante; apreender um pouco da sua identidade e desejos para talvez tornarem-se mais íntimos dele. Em seguida, a mostra se divide em três momentos. No primeiro, encontramos obras que não poderiam ter sido feitas há quinze
anos, antes da existência do Facebook, YouTube, Blogger e até do Orkut.
São gestos que nascem no ambiente digital online e da dinâmica
de compartilhamento de dados e auto-exposição pelas redes sociais.
Depois, encontram-se obras recentes voltadas para tecnologias desenvolvidas entre os anos 1960 e 1990: a era dos populares dispositivos portáteis (dos rolos de filme Super-8 às pequeninas fitas eletromagnéticas Hi-8, ainda antes
da internet); as obras nos lembram do quanto cada recurso parecia já vir com
um repertório próprio de poses e cenas geradas pela intersecção
das características dos equipamentos com os hábitos e rituais das famílias
de classe média – seus principais consumidores.

Ao final, as obras reunidas nos colocam junto de narrativas consagradas pela indústria cultural de massa; o cinema hollywoodiano, a canção popular brasileira das rádios e discos e, mais tarde, o jornalismo televisivo. São até hoje as mais difundidas mídias na tarefa de construção de imaginários coletivos. Seus produtos não resultam do faça-você-mesmo, mas estão associados a ídolos que, sendo um, pretendem falar por milhões. Reencontramos nas obras dos artistas esses
depósitos de identidade refeitos como espectros fantasmagóricos de nossas lembranças: imagens inusuais que enfatizam os pontos cegos, o silêncio
e a incomunicabilidade que a edição eficaz de tais produtos costuma esconder.

Infiltradas neste percurso, encontram-se ainda maquinetas que não são puramente eletrônicas, digitais ou analógicas. Lembram-nos que mesmo em um ambiente social estruturado pelos sistemas tecnológicos mais atualizados, nem sempre
as obras de arte se resumem a refleti-los: podem focar-se no que sobrou
da memória de outrora; esforçar-se para atrasar a obsolescência de dispositivos antigos; experimentar os desejos urgentes e também as nostalgias
dos sistemas superados.

No seu conjunto, a exposição reúne diferentes maneiras de estar junto de alguém cuja ausência se faz presente. Podemos olhá-las como desdobramentos, condensações, efeitos colaterais, paródias e homenagens às canções de amor, que se tornaram possíveis pelas inflexões no processo de transformação
da comunicação social, do registro audiovisual e da produção cultural.
Mesmo que as obras expostas não sejam todas exemplares da arte digital stricto sensu, elas permitem considerar as relações entre afetos, linguagens e meios, desde perspectivas lançadas nesta era digital.

Em sua quinta edição, a Mostra 3M de Arte Digital
é uma realidade consolidada no cenário cultural
de São Paulo, mas deliciosamente aberta ao processo contínuo de amadurecimento e reinvenção ao incentivar uma produção artística que, em geral, se transforma em ritmo mais frenético por se conectar com a incorporação das mídias digitais nas diversas áreas do conhecimento.

A Mostra se renova a cada ano pela sensibilidade
dos curadores convidados para o projeto cultural, que trazem à tona leituras particulares e diversas do espírito
de nosso tempo, reunindo a boa arte contemporânea que procura experimentar e dialogar com as novas tecnologias.

No próprio Instituto Tomie Ohtake, onde ancorou a partir de 2012, a Mostra 3M já promoveu o encontro
da ciência de vanguarda e de garagem no conceito
de Tecnofagias e concedeu espaço para a proposição
de Ficções Radicais.
Em 2014, chegou a hora e a vez de Paulo Miyada com suas Canções de Amor, que geralmente são frutos
do trabalho solitário do artista, mas que acabam acolhidas por tantas pessoas que, muitas vezes, as tomam para canalizar seu próprio sentimento.

Há mais de um século, a 3M é uma das empresas mais inovadoras do mundo, cultivando valores de liberdade, criatividade e colaboração, onde experimentações, diversidade de pensamentos e intensa curiosidade
são práticas cotidianas. Em seus relacionamentos com
a sociedade, a 3M busca desenvolver e apoiar projetos culturais que defendam e carreguem estas mesmas bandeiras. Por isso, apoiamos projetos que respiram
e refletem inovação como o Prêmio Brasil Criativo,
os talks inspiradores da plataforma Inspira.Mov
e a Mostra 3M de Arte Digital.

Como grande parceira da Mostra de Arte Digital,
a 3M colabora genuinamente para proporcionar debates, reflexões e experiências de ideias e linguagens, convidando artistas e público a praticarem novas formas
de pensar e enxergar o mundo para transformar positivamente nossas relações.

Luiz Eduardo Serafim Head de Marketing Corporativo da 3M do Brasil
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